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EUCALIPTO

Eucalyptus globulus Labill

Descrição

Árvore que cresce muito rapidamente e pode atingir até 60 m de altura. Tem um tronco liso, com uma casca que se desprende em tiras longas e mostra a camada inferior acinzentada. As folhas dos ramos jovens são ovais e cobertas com uma pruína azulada , enquanto as folhas dos ramos mais velhos são falciformes. As flores são pouco vistosas e formam-se no topo dos galhos do ano anterior. O botão floral é duro, granulado e quadrangular no qual os estames são fechados; capuz cónico curto, áspero e ceroso, que se desprende e cai quando a flor se abre. O fruto está numa cápsula lenhosa, que se abre através de umas fissuras do disco apical; as sementes são muito pequenas e numerosas.

 

É uma árvore originária da Austrália. O seu cultivo tem poucas exigências em relação ao solo, embora exija muita humidade. Existem florestas de eucalipto nas províncias de Huelva, Santander, Astúrias, províncias galegas e Catalãs. Colheita: entre abril e setembro; secagem ao sol.

 

Parte utilizada

As folhas dos ramos antigos.

 

Princípios ativos

Contém 1,5 a 3,5% de óleo essencial, cujo principal componente é o  1,8-cineol (=eucaliptol). Também são encontrados outros monoterpenos: -pineno (2 a 8%), -pineno (0,5%), -felandreno (1,5%), limoneno (4 a 12%), 1,8 cineol (7%) e cânfora (0,1%).

Pequenas quantidades de sesquiterpenos: aromadendreno, globulol, -guayazuleno.

Álcoois alifáticos e monoterpénicos: (-)-trans-pinocarveol (0,2%).

Sesquiterpenois: (--globulosol, ledol.

Aldeídos: caproaldeído, valerialdeído, butaraldeído.

Ácidos polifenólicos: cafeico, derivados do ácido cinâmico (ácido ferúlico), derivados do ácido benzoico (ácido gentísico, protocatéquico, gálico), etc.

Flavonoides: quercetosídeo, quercitrosídeo rutosídeo, eucaliptosídeo.

Taninos e elagitanos.

Resina.

Triterpenos (2-4%): ácido ursólico e derivados.

Floroglucinois.  Euglobales.

Princípio amargo.

Ação farmacológica

O seu teor de óleo essencial confere-lhe uma vincada ação antisséptica respiratória, intestinal e urinária, por assimilar-se através do aparelho digestivo e eliminar-se a sua essência por via pulmonar e renal. Este efeito é apresentado tanto no uso interno como por inalação ou via rectal (a essência é eliminada por via respiratória). A atividade antisséptica tem sido demonstrada, in vitro, contra várias estirpes bacterianas, sendo especialmente eficaz face à Streptococcus sp.

Expectorante, mucolítico e balsâmico, ao estimular a produção de muco, por apresentar um efeito irritante sobre as células secretoras da mucosa brônquica e fluidificar as secreções bronquioalveolares. O eucalipto, não só aumenta a fase secretoria brônquica como também diminui a tensão superficial entre a água e o ar, na superfície do alvéolo, o qual contribui para a ação expectorante. Também aumentam a atividade dos cílios brônquios.

Quanto à atividade antitussiva, demonstrou-se a eficácia do óleo essencial administrado nos animais por inalação, o que é um pouco inferior à codeína.

Hipoglicémico leve. No que diz respeito à atividade hipoglicémica, o extrato aquoso tem demonstrado melhorar o transporte de 2-deoxiglicose, a oxidação da glicose e a incorporação da glicose ao glicogénio. Além disso, melhora a secreção de insulina nas linhas das células pancreáticas.

Febrífugo e anti-inflamatório (óleo essencial). O eucalipto tem um efeito anti-inflamatório ao inibir a ciclooxigenase e, portanto, a síntese das prostaglandinas.

Adstringente (taninos).

Antiespasmódico: produz um relaxamento do músculo liso brônquico.

Vermífugo (contra os vermes intestinais).

Antibiótico (específico para a toxina tetânica, diftérica, bactérias Gram +, pelo seu conteúdo em essência e tanino).

Antifúngico.

No uso externo é balsâmico, antisséptico e cicatrizante.

Indicações

Afeções respiratórias: bronquite, gripe, faringite, sinusite, tosse irritante, asma, etc.

Infeções urinárias.

Parasitas intestinais (ascaridíase, enterobíase, teníase, toxocaríase, tricuríase).

Diabetes.

No uso externo para dermatose, úlceras varicosas, neuralgia, acne, estomatite, etc.

Contraindicações

Gravidez e lactação. Foi demonstrado que o 1,8-cineol é capaz de atravessar a placenta e estimular as enzimas hepáticas fetais. Devido à falta de documentação nos seres humanos, a sua utilização na gravidez e lactação deve ser evitada, sem supervisão médica. Foram realizados estudos em várias espécies de animais, utilizando doses várias vezes superiores às humanas, sem que tenham sido registados efeitos embriotóxicos ou teratogénicos; no entanto, não foram realizados ensaios clínicos em seres humanos, pelo que a utilização de eucalipto só é aceite em caso de ausência de alternativas terapêuticas mais seguras.

Também é contra-indicado quando existem inflamações do trato gastrointestinal, das vias biliares ou insuficiência hepática. Úlcera péptica e gastrite, uma vez que poderia provocar um agravamento da úlcera péptica e da gastrite, devido ao aumento da produção de sucos gastrointestinais. O eucalipto deve ser utilizado com precaução em caso de deficiência hepática, devido ao seu possível efeito hepatotóxico.

Precauções

Pode ser neurotóxico, por acelerar o metabolismo hepático de alguns anestésicos, analgésicos e tranquilizantes.

O eucaliptol também pode ser epileptogénico.

Crianças pequenas. Deve-se ter especial cuidado ao utilizar o óleo essencial e nunca exceder as doses diárias recomendadas, uma vez que os óleos essenciais podem ser neurotóxicos e convulsivos. O óleo essencial de eucalipto nunca deverá ser aplicado no rosto, devido ao risco de aparecimento de espasmo da glote brônquico, ataques asmáticos e asfixia.

Efeitos secundários e toxicidade

Em doses elevadas, o seu óleo essencial pode causar desconforto gástrico, hematuria, proteinúria, náuseas, taquicardia, convulsões e delírio.

 

Para além destas reações adversas, foram recolhidos dados sobre possíveis reações adversas na base de dados FEDRA (Farmacovigilância Espanhola, Dados de Reações Adversas) do Sistema de Farmacovigilância Espanhol:

 

Digestivas: anorexia.

Respiratórias: apneia, espasmo brônquico, design, tosse, rinite.

Cardiovasculares: arritmias cardíacas, taquicardia.

Neurológicas/psicológicas: vertigens, dor de cabeça.

Oculares: conjuntivite, edema periorbital.

Alérgicas/dermatológicas: eritema, prurido, dermatite de contacto.

Gerais: edema cutâneo.

Sobredosagem

A probabilidade de intoxicação, pelo consumo de infusões, é muito baixa. No entanto, considera-se que a ingestão de 30 ml de óleo essencial é letal nos adultos. Contudo, doses muito menoress (4-5 ml) revelaram-se fatais. Os sintomas tóxicos são rápidos, na forma de um ataque. Ocorre ardor epigástrico, dor abdominal, vómitos espontâneos, problemas respiratórios, broncoespasmo, hipotensão, taquipneia seguido de depressão respiratória. A perda de consciência pode progredir para o coma e, nas crianças, podem ocorrer convulsões. Em casos muito graves, pode provocar-se o coma e a morte por paralisia respiratória.

 

Em caso de sobredosagem ou ingestão acidental, vá a um centro médico ou consulte o Serviço de Informação Toxicológica, telefone (91)-562.04.20, indicando o produto e a quantidade ingerida. Deve ser realizada uma lavagem ao estômago,  com a administração de carvão ativado e sorbitol, para a lavagem gástrica e promover a eliminação intestinal com sulfato de sódio. O vómito não deve ser induzido, devido ao risco de ocorrência de pneumonia de aspiração. Nas crianças, pode ser necessária a intubação endotraqueal, quando a ingestão de um grande volume ainda é recente. Deve então ser administrada uma solução de reidratação hidroeléctrolítica e bicarbonato de sódio, no caso de acidose metabólica.

 

Também serão administrados diazepam e atropina para eliminar os espasmos. Em caso de necessidade, recorrer-se-á à intubação e à respiração assistida, se esta for necessária.

Estudos

Estudos clínicos sobre a actividade antibacteriana:

Cimanga K, Kambu K, Tona L, Apers S, De Bruyne T, Hermans N, Totte J, Pieters L, Vlietinck AJ. Department of Pharmaceutical Sciences, University of Antwerp (U.I.A.), Universiteitsplein 1, B-2610, Wilrijk, Antwerp, Belgium. Correlation between chemical composition and antibacterial activity of essential oils of some aromatic medicinal plants growing in the Democratic Republic of Congo. J Ethnopharmacol. 2002 Feb;79(2):213-20. PMID: 11801384 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Tascini C, Ferranti S, Gemignani G, Messina F, Menichetti F. U. O. Malattie Infettive, Azienda Ospedaliera Pisana, Via Paradisa 2, 56100 Pisa, Italy. Clinical microbiological case: fever and headache in a heavy consumer of eucalyptus extract. Clin Microbiol Infect 2002 Jul;8(7):437, 445-6. PMID: 12199856 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudos clínicos sobre a sua ação hipoglicémica:

Ações antihiperglicémicas do Eucaliptus globulus (Eucalipto) associadas aos efeitos pancreáticos e extra-pancreáticos nos ratos. Este estudo incorporou o eucalipto na dieta e na água potável, o que reduziu a hiperglicemia e a perda de peso associada, nos ratos tratados com estreptozotocina. A conclusão que retiraram, foi que o Eucaliptus globulus representa um eficaz suplemento dietético anti-hiperglicémico, para o tratamento da diabetes e uma fonte potencial para a descoberta de novos agentes orais ativos, para futuras terapias. Gray AM, Flatt PR. Escuela de Ciencias Biomédicas, Universidad de Ulster, Coleraine, Northern Ireland, BT521SA, UK. Antihyperglycemic actions of Eucalyptus globulus (Eucalyptus) are associated with pancreatic and extra-pancreatic effects in mice. J Nutr. 1998 Dec;128(12):2319-23. PMID: 9868176 (PubMed–indexed for MEDLINE).

Tratamentos com plantas tradicionais da diabetes. Estudos em ratos normais e diabéticos por estreptozotocina. Avaliaram a influência sobre a glicose, de onze plantas usadas nos tratamentos tradicionais de diabetes mellitus, em ratinhos normais e diabéticos de estreptozotocina. Estudaram-se as folhas secas de agrimonia (Agrimonia eupatoria), alfalfa (Medicago sativa), amora silvestre (Rubus fructicosus), celidónia (Chelidonium majus), eucalipto (Eucalyptus globulus), pé de leão (Alchemilla vulgaris) e convalaria (Convallaria majalis); sementes de coentros (Coriandrum sativum); bagas secas de zimbro (Juniperus communis); bolbos de alho (Allium sativum) e raízes de alcaçuz (Glycyrrhiza glabra). Cada planta foi fornecida na dieta (6,25% POR peso) e algumas também como decocções ou infusões (1g/400ml) em vez de água potável. O alho e o alcaçuz reduziram a hiperfagia e a polidipsia, mas não alteraram significativamente a hiperglicemia e a hipoinsulinemia. O tratamento com agrimonia, alfalfa, coentroS, eucalipto e zimbro reduziu o nível de hiperglicemia durante o desenvolvimento da diabetes estreptozotocina. Isto foi associado à polidipsia (exceto os coentros) e um nível reduzido de perda de peso (exceto a agrimonia). A alfalfa, inicialmente, neutralizou o efeito hipoinsulinémico da estreptozotocina, mas os outros tratamentos não afetaram a descida da insulina plasmática. Os resultados propõem que certos tratamentos para a diabetes de plantas tradicionais como a agrimónia, alfalfa, coentros, eucalipto e zimbro, possam retardar o desenvolvimento da diabetes estreptozotocina, nos ratos. Swanston-Flatt SK, Day C, Bailey CJ, Flatt PR. Centro de Investigación de Ciencias Biomédicas, Universidad de Ulster, Coleraine, Reino Unido.

Estudo clínico sobre a ação antiasmática:

Neste estudo clínico investigou-se a capacidade antiasmática dos extratos, alcoólicos e hexanólicos, de várias plantas medicinais popularmente utilizadas na Indonésia, no tratamento da asma, entre as quais se encontrava o Eucaliptus globulus. Observou-se que poderia inibir a IgE dependente da histamina em concentrações de 0,5 mg/ml. O resultado indica que o extrato contém componentes ativos que inibem as células cebadas e pode, portanto, ser utilizado no tratamento da asma e de outras doenças alérgicas. Ikawati Z, Wahyuono S, Maeyama K. Department of Pharmacology Ehime University School of Medicine, Shigenobu-cho, Ehime 791-0295, Onsen-gun, Japan. Screening of several Indonesian medicinal plants for their inhibitory effect on histamine release from RBL-2H3 cells. J Ethnopharmacol. 2001 May;75(2-3):249-56. PMID: 11297859 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudo clínico sobre a sua ação sobre a sarna:

Morsy TA, Rahem MA, el-Sharkawy EM, Shatat MA. Department of Parasitology, Faculty of Medicine, Ain Shams University, Cairo 11566, Egypt. Eucalyptus globulus (camphor oil) against the zoonotic scabies, Sarcoptes scabiei. J Egypt Soc Parasitol. 2003 Apr;33(1):47-53. PMID: 12739800 [PubMed-in process].

Estudos clínicos sobre toxicidade:

Gattuso P, Reddy VB, Castelli MJ. Exogenous lipoid pneumonitis due to Vicks Vaporub inhalation diagnosed by fine needle aspiration cytology. Cytopathology. 1991;2(6):315-6. PMID: 1801953 [PubMed-indexed for MEDLINE].

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Estudo clínico sobre a atividade antioxidante:

Nste estudo isolaram-se quatro ramnósidos do ácido gálico do Eucalyptus globulus e avaliou-se a sua atividade antioxidante, medindo a inibição da perioxidação lipídica, usando microssomas hepáticos de ratos. Kim JP, Lee IK, Yun BS, Chung SH, Shim GS, Koshino H, Yoo ID. Korea Research Institute of Bioscience and Biotechnology, Yusong, Taejon, South Korea. Ellagic acid rhamnosides from the stem bark of Eucalyptus globulus. Phytochemistry. 2001 Jun;57(4):587-91. PMID: 11394863 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudo clínico sobre a sua composição:

De Vincenzi M, Silano M, De Vincenzi A, Maialetti F, Scazzocchio B. Department of Metabolism and Pathological Biochemistry ISS, Rome, Italy. Constituents of aromatic plants: eucalyptol. Fitoterapia 2002 Jun;73(3):269-75. PMID: 12048025 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Chen B, Zhu M, Xing WX, Yang GJ, Mi HM, Wu YT. Second Military Medical University, Shanghai 200433, China. Studies on chemical constituents in fruit of Eucalyptus globulus. Zhongguo Zhong Yao Za Zhi. 2002 Aug;27(8):596-7. PMID: 12776496 [PubMed-in process].

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