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CENTAUREA MENOR

Erythraea centaurium Pers o Centaurium erythraea Rafn o Centaurium minus Moench o Centaurea centaurium o Centaurium umbellatum Gilib o Centaurium linariifolium Gbeck

Descrição

É uma planta que atinge, aproximadamente, 30 cm de altura, é bienal, e no primeiro ano dá origem a uma roseta basal com folhas elípticas a espatuladas. A raiz é fusiforme, grossa e branca. O caule aparece no segundo ano, é cilíndrico, oco, verde claro a castanho escuro, tem costelas longitudinais e é ramificado apenas no topo. As folhas sessis são inteiras, pequenas caulinares, opostas, dispostas de forma decussiva, e têm um limbo de forma ovada a lanceolada, até 3 cm de comprimento. Ambas as faces são glabras e verdes a verde acastanhado. As flores, reunidas em inflorescências corimbosas planas, são cor-de-rosa. O cálice tubular é de cor verde e tem cinco dentes lanceolados e acuminados. A corola consiste num tubo esbranquiçado, dividido em cinco lóbulos cor-de-rosa, alongados e lanceolados, com aproximadamente 5 a 8 mm de comprimento. Os cinco estames estão soldados no topo do tubo de corola. O ovário é supero e tem um estilo curto, um estigma largo e bídeo, e inúmeros ovos em forma de lâmina. Frequentemente, encontram-se, cápsulas cilíndricas, com cerca de 7 a 10 mm de comprimento, com sementes pequenas, castanhas e marcadamente ásperas. Fruto em cápsula oblonga, sessil, com duas válvulas, que contêm minúsculas sementes castanhas.

 

Floresce no final da primavera e as flores só abrem se estiver bom tempo e o sol brilhar. Não é muito abundante em prados e montanhas. Prefere solos profundos; é colhida em outubro. A planta cresce em quase toda a Europa, Norte de África e Ásia Ocidental.

 

O seu nome parece dever-se ao facto de, de acordo com a mitologia grega, o centauro Quíron (metade homem, metade cavalo) ter curado Hércules com esta planta, numa ferida no pé. Também é chamado: fel de terra (pela sua forte amargura), cintoria, erva pedorrera, pincel, gota de sangue, lapicocho, sete sangues.

 

Parte utilizada

Utiliza-se a sumidade florida.

 

Princípios ativos

Princípios amargos: contém pequenas quantidades de heterosídeos secoiridoides com um sabor intensamente amargo, especialmente centaperina (índice amargo, aprox. 4.000.000), deacetilpentaprininina, eritrocentaurina, eswertiamarina, eswerosídeo e genciopitrosídeo, e em menor quantidade também o secoiridoide dimérico centaurosídeo, juntamente com ésteres do eswerosídeo, dos ácidos acético e m-hidroxibenzoico. De acordo com a Farmacopeia Real Espanhola, Suplemento de 1999, o índice de amargura não deve ser inferior a 2.000.

Flavonoides (0,4 %).

 Xantonas metoxilaladas (como metilbelidifolina).

Ácidos fenólicos livres e combinados, na sua maioria derivados dos ácidos benzoico, cinâmico ou fenilacético.

Triterpenos e esteróis.

Vestígios de alcaloides piridínicos e actinidínicos: gencianina, eritricina.

Outros: sais de potássio e magnésio, taninos, fitoesteróis (estigmasterol, campesterol, brasicasterol), vestígios de óleo essencial.

Ação farmacológica

Estimulante do apetite (orexigénio ou aperitivo) e antianorexico (genciopicrosídeo, amargo puro).

Estimulante da secreção e motilidade gástrica, pelo que favorece a digestão dos alimentos (princípios amargos).

Estimulante das hepatobiliares (colagogo) e do pâncreas (princípios amargos).

Antibacteriano, antifúngico (swertiamarina e genciopicrina metabolito do genciopicrósido).

Sedativo do S.N.C. (swertiamarina).

Anti-inflamatório local (xanthones).

Antipirético (princípios amargos, alcaloides, ácidos fenóis).

Tonificação sobre os vasos sanguíneos (veias) devido aos ácidos orgânicos.

Outros: carminativo, diurético, depurativo, hipoglicémico, laxante discreto e supressor da tosse.

Uso externo: anti-inflamatório, vulnerario, cicatrizante e antisséptico.

Indicações

Falta de apetite, anorexia.

Afeções digestivas: atonia digestiva, digestão pesada, flatulência e meteorismo, espasmos, dispepsia, diarreia, etc.

Disquinesias biliares, distúrbios da vesícula biliar.

Diabetes.

Afeções febris, constipações, gripe.

Esgotamento nervosa, convalescença.

Hipotensivo.

Uso externo: reumatismo, gota, blefarroconjuntivite, hematomas, feridas, chagas, úlceras e eczema da pele.

De acordo com alguns autores, recomendam-se tratamentos de longa duração com períodos de descanso.

Contraindicações

Gastrite, úlceras pépticas ou dispepsias hipersecretórias (taninos, princípios amargos), gravidez (vestígios de alcaloides) e lactação (princípios amargos).

 

Efeitos secundários e toxicidade

Nas doses indicadas não foram descritas.

 

De acordo com alguns autores, devido ao seu conteúdo em alcaloides, pode provocar distúrbios do fígado e dos canais biliares: hepatite colestática.

Estudos

Estudos clínicos sobre a sua ação antioxidante:

Valentao P, Fernandes E, Carvalho F, Andrade PB, Seabra RM, Bastos ML. CEQUP/Servicio de Farmacognosia y CEQUP/Servicio de Toxicología, Facultad de Farmacia, Universidad do Porto, R.Anibal Cunha 164, 4050-047 Porto, Portugal. Antioxidant activity of Centaurium erythraea infusion evidenced by its superoxide radical scavenging and xanthine oxidase inhibitory activity. J Agric Food Chem 2001 Jul;49(7):3476-9. PMID: 11453794 [PubMed-indexed for MEDLINE].

        Neste estudo, observou-se a atividade antioxidante da infusão Centaurium erythraea, comprovada pela sua eliminação radical de superóxidos e pela atividade inibitória da xantina oxidasa. A Centaurium erythraea Rafin. (Gentianaceae) tem sido amplamente utilizada na medicina tradicional. Esta planta contém quantidades consideráveis de compostos polifenólicos, isto é, xantonas e ácidos fenólicos como principais constituintes. Como grupos fenólicos mostram atividade como eliminadores de radicais e/ou queladores de metais, este estudo avaliou as propriedades de remoção do radical superóxido de uma infusão liofilizada, obtida a partir das extremidades florais de C.erythraea. A atividade de remoção do radical superóxido foi testada, utilizando sistemas geradores de superóxido enzimático (xanthine/xanthine oxidase) e não-enzimático (NADH/phenazine methosulfato). Este estudo forneceu provas de que C. erythraea apresentava propriedades antioxidantes interessantes, expressas pela capacidade de eliminar radicais superóxidos ou de inibir, não competitivamente, a xantina oxidase. Os principais compostos fenólicos presentes neste extrato foram vários ésteres de ácidos hidroxicinâmicos, ou seja, ácidos p-cumárico, ferúlico e sinápico.

Valentao P, Fernandes E, Carvalho F, Andrade PB, Seabra RM, Bastos ML. CEQUP/Servico de Farmacognosia, Faculdade de Farmacia, Universidade do Porto, Porto, Portugal. Hydroxyl radical and hypochlorous acid scavenging activity of small centaury (Centaurium erythraea) infusion. A comparative study with green tea (Camellia sinensis). Phytomedicine. 2003;10(6-7):517-22. PMID: 13678237 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Estudos clínicos sobre a sua ação diurética:

Haloui M, Louedec L, Michel J, Lyoussi B. Departamento de Biología, UFR Fisiología-Farmacología, Laboratorio de Fisiología, Facultad de Ciencias, Universidad Sidi Mohamed Ben Abdellah, BP 1796, 30000, Fez, Marruecos. Experimental diuretic effects of Rosmarinus officinalis and Centaurium erythraea. J Ethnopharmacol 2000 Aug;71(3):465-72. PMID: 10940584 [PubMed-indexed for MEDLINE].

       Avaliou-se o efeito diurético das duas plantas medicinais: Rosmarinus officinalis L, Labiatae e Centaurium erythraea L, Gentianaceae, ambas, supostamente, para o tratamento de doenças urinárias. Para determinar a ação destas ervas no volume urinário (UV) e na excreção de sódio (U(Na)V), potássio (U(K)V) e cloro (U(Cl)V), foram administrados, diariamente, os extratos aquosos de ambos aos ratos Wistar durante uma semana. A concentração de eletrólitos e ureia no plasma e o espaço de creatinina também foram investigados. Administração oral diária dos extratos aquosos de Rosmarinus officinalis e C. Erythraea, na dose de 10 ml/kg do extrato a 8 ou 16% em água destilada, aumentou, significativamente, a diurese em ratos em comparação com o grupo de controlo, desde os primeiros dias de tratamento. No que diz ao alecrim, com a dose de 8%, a excreção urinária máxima de sódio, potássio e cloro foi atingida em seis dias de tratamento (P<0.001). O extrato aquoso de alecrim, na dose de 16% não afetou significativamente a excreção de água e eletrólitos durante um período semelhante, mas foi observado um ligeiro aumento da excreção urinária de sódio e cloro no sétimo dia e de potássio no sexto dia (P<0,05). Não se registou nenhum aumento, durante 24 horas, na excrecção urinária de Na(+), K(+) e Cl(-), durante os primeiros quatro dias de tratamento dos grupos tratados com C.erythraea, com as doses de 8 e 16%, enquanto os seus efeitos, nos mesmos parâmetros, foram muito significativos daí em diante. Não se observou qualquer alteração nos eletrólitos do plasma e ureia em nenhum grupo, com exceção da diminuição na concentração de sódio e cloro no grupo tratado com alecrim de 16%. Uma diminuição no espaço de creatinina foi demonstrada após o tratamento com R.officinalis e C.erythraea em 8%. Os resultados demonstram um efeito diurético dos extratos aquosos de Rosmarinus officinalis L. e C.erythraea, sendo a dose mais eficaz para a excreção de água e eletrólitos, em 8% para ambas as plantas.

Estudos clínicos sobre a sua ação anti-inflamatória, analgésica e antipirética:

Berkan T, Ustunes L., Lermioglu F, Ozer A. Department of Pharmacology, Faculty of Pharmacy, Ege University, Izmir, Turkey. Antiinflammatory, analgesic, and antipyretic effects of an aqueous extract of Erythraea centaurium. Planta Med 1991 Feb;57(1):34-7. PMID: 2062955 (PubMed–indexed for MEDLINE).

        Centaurium erythraea é uma planta utilizada no tratamento de vários estados inflamatórios na medicina popular. Examinou-se o extrato aquoso da planta pelos seus efeitos anti-inflamatórios, analgésicos e antipiréticos em vários modelos animais. O extrato inibia a atividade anti-inflamatória e antipirética, ainda que não se tenha observado uma acividade analgésica.

Estudos clínicos sobre a sua ação hipoglicémica:

Petlevski R, Hadzija M, Slijepcevic M, Juretic D. Department of Medical biochemistry and Haematology, Domagojeva 2/III, Faculty of Pharmacy and Biochemistry, University of Zagreb, 10000, Zagreb, Croatia. Effect of 'antidiabetis' herbal preparation on serum glucose and fructosamine in NOD mice. J Ethnopharmacol 2001 May;75(2-3):181-4. PMID: 11297848 (PubMed–indexed for MEDLINE).

      Investigou-se o efeito anti-hiperglicémico da mistura de plantas anti-diabéticas  folha de arando (Vaccinium myrtillus L.), raiz de dente-de-leão (Taraxacum officinale Web.), raiz de chicória (Cichorium intybus L.), fruta de zimbro (Taraxacum officinale Web.), planta centaurea (Cichorium intybus L.), fruto de zimbro (Taraxacum officinale Web.), planta de centaurea  (Centaurium umbellatum Gilib.), pericarpio de feijão (Phaseolus vulgaris), erva mil-e-rama (Achillea millefolium L.), folha de amora (Morus nigra L.), raiz de valeriana (Valeriana officinalis L.), erva e raiz de urtiga (Urtica dioica L.) , patente Nº P-9801091 Zagreb, Croácia. Foram preparados dois extratos: extrato etanólico (extrato 1) e extrato etanólico a partir do qual se evaporou o etanol num evaporador rotativo a uma temperatura de 45 ºC (extrato 2). O extrato 1 e o extrato 2 (na experiência 1) foram administrados a diabéticos não obesos, induzidos por alloxan (NOD) na mesma dose de 20 mg/kg. A glicose no sangue foi determinada antes, e 10, 30, 60 e 120 minutos após a administração da preparação. O extrato 1 e o extrato 2 diminuiram o nível de glicose no sangue em 10% e 20%, respectivamente, do valor inicial (a 0 min, média=22,6 +/- 8,3 mmol/l). Os níveis séricos de glicose e frutosamina foram determinados em ratinhos NOD, ratos NOD aos quais se administraram o extrato 2 numa dose de 20 mg/kg, e aos ratinhos NOD administraram-se acarbosa numa dose de 25 mg/100 g de alimentos, para verificar a ação hipoglicémica do extrato 2 (na experiência 2). O extrato 2 e a acabosa foram misturados com a comida. A duração do tratamento foi de 7 dias. Diminuiram, significativamente, os níveis de glicose (P<0,05) e frutosamina (P<0.001) registados nos ratinhos NOD tratados com o extrato 2, em comparação com os ratos NOD. Os resultados dos estudos mostraram que o extrato 2 diminuiu significativamente o nível de glicose e frutosamina nos ratinhos NOD induzidos pela alloxan. Os nossos estudos futuros serão focados na procura dos princípios ativos dos extratos.

Estudos clínicos sobre a sua ação antibacteriana:

Kumarasamy Y, Nahar L, Cox PJ, Jaspars M, Sarker SD. Phytopharmaceutical Research Laboratory, School of Pharmacy, The Robert Gordon University, Schoolhill, Aberdeen, UK. Bioactivity of secoiridoid glycosides from Centaurium erythraea. Phytomedicine. 2003 May;10(4):344-7. PMID: 12809366 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Kumarasamy Y, Nahar L, Sarker SD. Phytopharmaceutical Research Laboratory, School of Pharmacy, The Robert Gordon University, Schoolhill, Aberdeen, Scotland AB10 1FR, UK. Bioactivity of gentiopicroside from the aerial parts of Centaurium erythraea. Fitoterapia. 2003 Feb;74(1-2):151-4. PMID: 12628413 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Kumarasamy Y, Cox PJ, Jaspars M, Nahar L, Sarker SD. Phytopharmaceutical Research Laboratory, School of Pharmacy, The Robert Gordon University, Schoolhill, AB10 1FR, Aberdeen, UK. Screening seeds of Scottish plants for antibacterial activity. J Ethnopharmacol. 2002 Nov;83(1-2):73-7. PMID: 12413709 [PubMed-indexed for MEDLINE].

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Estudos clínicos sobre a sua composição química:

Valentao P, Andrade PB, Silva E, Vicente A, Santos H, Bastos ML, Seabra RM. CEQUP/Servico de Farmacognosia, Faculdade de Farmacia, Universidade do Porto, R. Anibal Cunha, 4050-047 Porto, Portugal. Methoxylated xanthones in the quality control of small centaury (Centaurium erythraea) flowering tops. J Agric Food Chem. 2002 Jan 30;50(3):460-3. PMID: 11804512 [PubMed-indexed for MEDLINE].

Valentao P, Andradea PB, Silva AM, Moreira MM, Seabra RM. CEQUP/Lab. Farmacognosia, Faculdade de Farmacia, Universidade do Porto, R. Anibal Cunha, 4050-047 Porto, Portugal. Isolation and structural elucidation of 5-formyl-2,3-dihydroisocoumarin from Centaurium erythraea aerial parts. Nat Prod Res. 2003 Oct;17(5):361-4. PMID: 14526917 [PubMed-indexed for MEDLINE].

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